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Foto do escritorAlexandre Barros Advocacia Trbutária

Lei elimina voto de desempate e favorece contribuinte em julgamentos no Carf

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (14) a lei que facilita acordos de quitação de dívidas com a União. O texto, publicado no "Diário Oficial da União", elimina o voto de desempate em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), favorecendo o contribuinte. O Carf é um órgão do Ministério da Economia responsável pelo julgamento de recursos de empresas multadas pela Receita Federal. A lei publicada nesta terça-feira tem origem na medida provisória prevê regras de estímulo à renegociação de dívidas tributárias com a União, a chamada "MP do Contribuinte Legal". A MP foi aprovada pelo Congresso Nacional em março. Entenda a mudança nos julgamentos Até então, quando um julgamento terminava empatado, os presidentes das câmaras e das turmas do Carf tinham o chamado voto de qualidade, isto é, o voto de desempate dos julgamentos. Com a nova lei, em caso de empate, o resultado beneficiará o contribuinte. A avaliação de advogados tributaristas é que a mudança na lei beneficiará o contribuinte já que as presidências das câmaras e turmas são ocupadas por representante da Fazenda. O fim do voto de desempate foi incluído pela Câmara dos Deputados e a alteração foi mantido na votação no Senado Federal. Reação Em nota, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita criticou a decisão de Bolsonaro. "Ao fazê-lo, o presidente desdenhou abertamente das orientações do Ministério da Justiça, do Ministério da Economia e da Procuradoria Geral da República, que o alertaram do perigo e da gravidade dessa conduta", afirmou o sindicato. Lei do Contribuinte Legal A lei tem o objetivo de estimular a regularização de débitos fiscais e a resolução de conflitos entre contribuintes e a União, permitindo descontos em negociações de dívidas com a União. No caso de cobrança de dívida tributária ativa há a possibilidade de desconto de até 50% sobre o total da dívida, que pode aumentar para até 70% no caso de pessoa física e micro ou pequena empresa. As dívidas incluídas na lei são aquelas junto à Receita Federal ainda não judicializadas, as de competência da Procuradoria-Geral da União (PGU), da Procuradoria-Geral Federal (PGF) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Laís Lis, G1 — Brasília

Fonte: G1 - POLÍTICA

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